ENFIM A PRIMAVERA, QUE AS CHUVAS CAIAM SERENAS E O PAÍS RENASÇA C/GESTORES ÉTICOS/COMPETENTES.

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quarta-feira, 5 de março de 2014

A ROTINA DO ABSURDO CRESCE A CADA DIA NO BRASIL. É O RABO BALANÇANDO O CACHORRO!

O fatos falam por si:
·     José foi assaltado. Levaram o carro dele (táxi) qdo estava próximo da sua casa. Ele assumiu a culpa pelo roubo:“ Dei bobeira, não deveria ter parado naquele semáforo”. 
 ·     Maria foi estuprada, e quase morreu. Ao prestar depoimento, ela deixou bem clara sua responsabilidade pelo episódio: “eu vacilei, não deveria ter ido comprar pão sozinha”.
 ·     Um ladrão arrancou o telefone celular das mãos de João enquanto ele atendia uma ligação. Ele , o João, e não o ladrão , assumiu total culpa pelo crime: “Eu não sei onde estava com a cabeça quando fui atender uma ligação no meio da rua”.
 ·     Maria foi morta durante um assalto. Ela gritou e acabou levando um tiro. Por ocasião de seu enterro, Maria foi condenada por todos os presentes: “que estupidez dela ter gritado, todo mundo sabe que durante um assalto o melhor é ficar em silêncio”.
 ·     Mário, um dedicado Policial Militar, foi morto a tiros por traficantes do morro no qual morava. Seus familiares, entrevistados por um jornalista, o recriminaram duramente: “ele sempre foi cabeça-dura, nunca quis esconder a farda quando voltava para casa”.
 ·     No mesmo morro Paulo, um líder comunitário, foi esfaqueado até a morte pelos mesmos traficantes. Seus amigos o criticaram ferozmente:-  “Que falta de juízo, procurar a Polícia para denunciar que o crime estava dominando o morro”.
 ·     Marcos teve sua loja assaltada,  quase levou um tiro. Seus empregados reclamaram dele: “Que estupidez, deixar aquele monte de mercadoria exposta na vitrina”. Marcos passou a deixar tudo trancado em um cofre. Mas a loja foi assaltada de novo, e um de seus funcionários, após quase levar um tiro por ter demorado a abrir o cofre, agrediu-o violentamente: “ Seu miserável, fica trancando tudo, mais preocupado com as mercadorias do que com a gente, e quase levamos um tiro por sua causa”.
 ·     Carlos estava jantando com sua namorada em um movimentado restaurante quando uma quadrilha armada saqueou todos os clientes. Seu futuro sogro não gostou: “Este rapaz é um irresponsável, ele sabe muito bem que não estamos em época de ficar bestando por aí, jantando fora, e acabou passando por um assalto e traumatizando minha filha”.
 ·     Joel entrou em um subúrbio com o caminhão da empresa para entregar pacotes de biscoito nos bares de lá. Após ter tido os produtos e o caminhão roubados, e quase ter sido morto, foi despedido por seu chefe: - “Que sujeito burro, ir com o caminhão lá naquele bairro sem pedir licença para o líder do tráfico local”.
 ·     Patrícia viajou a negócios. Desembarcou no aeroporto com seu “notebook” e tomou um táxi. Não conseguiu andar dois quarteirões  foi assaltada em um semáforo. Na empresa, foi imediatamente repreendida: - “Você não poderia ter desembarcado sem antes esconder o “notebook”, deste jeito você pediu para ser assaltada”. (Desconhecemos a autoria do texto)
No Brasil encara-se com normalidade o medo do cidadão de andar pelas ruas; o policial não revelar a sua profissão para não morrer; autoridades e pessoas terem que pedir permissão aos traficantes para subirem nos morros; a polícia evitar enfrentamentos com a bandidagem por  temer  pressões dos Institutos de Defesa dos Direitos Humanos(dos bandidos).  E assim,  abre-se mão da cidadania, chegando ao absurdo da sociedade acovardada assumir culpa por crimes. Absurdo e vergonhoso!
É O RABO BALANÇANDO O CACHORRO!

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