Da coluna da jornalista/escritora Eliane Cantanhêde da Folha.SP- 23/07/2013
“ Dilma não foi à reunião do diretório do PT por um motivo pueril, numa
clara provocação, e foi ao papa com um discurso político e fora de lugar. Digamos
que Francisco foi Francisco, Dilma foi Dilma. Um foi o papa despretensioso, que
dispensa ouro, capas de veludo e pompas para se colocar cada vez mais próximo
do povo. A outra foi a presidente de expressão arrogante, num momento em que
está acuada, precisa se justificar e luta bravamente para recuperar a
popularidade perdida. Enquanto a fala do papa foi essencialmente religiosa e
despojada, num português agradável e cheia de adjetivos gentis para o Brasil e
para os jovens, Dilma recorreu a todos os chavões lulistas, enalteceu as
mudanças "que inauguramos dez anos atrás" e amplificou a versão de
Lula no ‘New York Times’, definindo as manifestações que atingiram em cheio
seus índices nas pesquisas não como a derrota que foi, mas como uma vitória sua e de Lula. No discurso da presidente, pulularam autoelogios ao Brasil e à era
petista, além de chavões de palanque: direitos, justiça social, solidariedade,
fome, desigualdade, ética, transparência. Eis a dúvida: para quem Dilma estava
falando? Para o papa ou para o eleitor? Para o milhão e meio da Jornada Mundial
da Juventude ou para o milhão e meio de pessoas nas ruas exigindo dignidade,
fim da corrupção, serviços decentes?
VALEU PELA FOTO, NÃO PELA FALA”.
DILMA AINDA ACREDITA QUE CONTINUARÁ ENGANANDO O POVO COM TODO ESTE BESTEIROL E FALSEANDO A VERDADE DOS FATOS.
®
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