O
irmão do manifestante Fabrício Proteus Chaves, de 22 anos, que foi baleado por
policiais militares durante o protesto "Não vai ter Copa" na noite
deste sábado (25), confirma que ele é frequentador habitual de manifestações e
que sempre carregava um estilete no bolso por motivo de trabalho, ele é
estoquista. Ainda segundo o irmão ele já tinha orientado o Fabrício que portar
esse estilete poderia trazer algum tipo de problema, mas ele ainda carregava
esse instrumento. De acordo com a
Secretaria de Segurança Pública, o jovem Fabrício fazia parte dos black blocs e
estava mascarado durante a manifestação. Três PMs que faziam um patrulhamento
na região da Consolação abordaram dois adolescentes. O primeiro não teria
reagido, enquanto Fabrício, fugiu. A polícia afirma que o rapaz tentou agredir
os oficiais com um estilete durante a perseguição. Após uma nova tentativa de
agressão, os policiais atiraram três vezes contra o jovem. Duas balas acertaram
Fabrício, a primeira na região do ombro e a segunda na parte interna da coxa
esquerda. Em seguida, os próprios policiais que atiraram levaram o jovem até o
pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo, em Santa Cecília. O assunto merece
cuidadosa análise pelas autoridades e da sociedade. Hoje o Secretário de
Segurança/SP apresentou a imprensa todo o material apreendido na mochila do
manifestante e do seu amigo: Bolinhas de gude, vinagre e artefatos explosivos.
Alguns jornalistas e especialistas em segurança apressaram-se em declarar que reação da PM foi desmedida. Mas assistam ao vídeo cuidadosamente e verificarão
que o manifestante, que até então tentava fugir, se volta, o policial cai, e o
jovem parte para cima dele. Em princípio os policiais em maior numero deveriam
dominar o manifestante, mas as circunstâncias do fato demonstram não existir
outra alternativa no momento. Como deveria agir o policial agredido ou o
parceiro que se encontrava a uma certa distância deles? Nesse momento o jovem
foi atingido por 2 tiros. O caso será objeto de muita polêmica e exploração. Se
a PM de agiu de forma desmedida é preciso esclarecer a participação do manifestante, amigo e os artefatos. O jovem provavelmente tinha nobres objetivos ao participar dos protestos, mas tudo indica que errou na dose.
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