Sandro Rosell deixou a presidência do Barcelona em razão da polêmica e suspeita a negociação com
Neymar. Sandro Rosell estava em seu primeiro mandato no Barcelona. Eleito em
2010, mas começando o trabalho em 2012, o presidente pretendia disputar a
reeleição no clube em 2016. Relembrando que Rosell substituiu Joan
Laporta, o qual foi condenado recentemente pela Suprema Corte de Justiça da
Espanha a pagar indenização de 23 milhões de euros (R$ 60,4 milhões) ao clube
devido às perdas econômicas durante a temporada de 2002/2003. Os dois, Rosell e
Laporta, tinham em comum uma estreita amizade com Ricardo Teixeira. No Brasil Rosell é acusado criminalmente pelo Ministério Público/DF
por fraude no caso da empresa Ailanto Marketing, que recebeu R$ 9 milhões para
organizar um amistoso entre Brasil e Portugal, em 2008. A hospedagem dos
atletas teria sido superfaturada e o dinheiro da bilheteria, organizada a
pedido do governo, ficou com a federação. Em um notebook da sócia de Rosell, foi encontrada remessa de
R$ 1 milhão para o exterior da Ailanto para a conta do cartola em Barcelona,
além de cheques nominais e repasses de R$ 705 mil a Ricardo Teixeira, então
presidente da CBF. Após quase seis anos, os processos continuam sem desfecho. O
escândalo dos
contratos de Neymar no Barcelona é apenas mais um entre milhares. Outros
contratos envolvendo brasileiros com o Barcelona também tinham cláusulas
sigilosas, com diferentes presidentes daquele clube. E a FIFA acaba de
informar que só em 2011 registrou mais de 5 mil vendas e compras de jogadores,
com uma movimentação de US$ 2,3 bilhões. E segundo a entidade isso representa apenas uma parte da história,
pois de cada 10 dólares negociados , 04 nunca aparecem nas contas oficiais. Um recente levantamento feito por técnicos da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) confirmou que
o futebol se tornou nos últimos anos em um dos palcos preferidos para a
corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fiscal. “Os clubes de futebol são vistos
por criminosos como veículos perfeitos para a lavagem de dinheiro”, alertaram
os investigadores. “A lavagem de dinheiro no futebol se revela como sendo mais
profunda e mais complexa que se pensava antes”, avisou o Grupo de Ação
Financeira da OCDE.
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