O cartunista Laerte Coutinho, 60, se veste de mulher há três anos. Há alguns dias, vestindo uma minissaia jeans, uma blusa feminina listrada, meia-calça e sandália entrou no banheiro feminino da Real Pizzaria e Lanchonete, zona oeste de SP. Alguns minutos depois foi proibido pelo proprietário de novamente usar o banheiro feminino, porquanto, uma cliente, acompanhada da sua filha de 10 anos, reconheceu naquela “senhora” o cartunista Laerte. Aí começou a polêmica que incrivelmente chegou na Secretaria da Justiça do Estado de SP e a coordenadora estadual de políticas para a diversidade sexual, Heloísa Alves, avisou a Laerte que: ele pode reivindicar seus direitos. Segundo ela, a casa feriu a lei estadual 10.948/2001, sobre discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero. Laerte diz que pretende acionar a lei, pois se define como alguém "com dupla cidadania" (O que é isso??). Passou a usar o banheiro feminino após vestir-se como o sexo oposto e se consolidar como travesti, mas não tem preferência por um banheiro específico. "É uma questão de contexto, de como estou no dia. Não quero nem ter uma regra nem abrir mão do meu direito". A discussão ganhou apoio nas associações de travestis e transexuais. (Pode?)
O caso em questão serve de pano de fundo para reflexões sobre a homofobia, o politicamente correto, bullying, racismo, etc. Nos dias atuais, percebe-se que as pessoas pensam muito, medem palavras, hesitam para dizer coisas que lhes vem à mente com mais sinceridade, temem brincar, proferir palavras, apelidos ou expressões que até recentemente eram comuns/aceitáveis, receosas de serem interpretadas como cruéis ou politicamente incorretas. O politicamente correto funciona como uma espécie censura na expressão de nossos pensamentos. Claro que existem casos extremos onde palavras poderão ferir alguém de determinada classe ou minoria. Não se trata disso, estamos falando dos exageros onde qualquer manifestação, inclusive humorística, sobre determinado grupo é considerado ato desrespeitoso e ofensivo. Há uma gigantesca hipocrisia nisso, pois ninguém deixará de ser preconceituoso e discriminador, só porque o discurso não o é! O discurso da esquerda é: “Preocupamo-nos com as minorias”. Mas são enfaticamente desmentidos por fatos históricos de governos de esquerda, por exemplo, em Cuba, URSS e na China, onde as minorias foram cruelmente perseguidas. De fato existe um bando de cínicos e hipócritas tentando se passar por “justiceiros ético/sociais”. Estamos chegando a verdadeiros absurdos onde criticar um casal heterossexual por atitudes libidinosas e desrespeitosa em público seria aceitável, mas se reclamarmos de um casal homossexual nas mesmas condições, poderemos ser processados e presos!? As leis posicionaram as minorias em seres perfeitos e imunes a todos os defeitos humanos? Seria o caso de regulamentar direitos dos brancos, heteros e não portadores de deficiências físicas e mentais?
- Outro exemplo é o programa que o governo federal instituiu: Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), disciplinando as chamadas “medidas socioeducativas” para adolescentes infratores. O objetivo da lei em princípio é bom, ou seja, de garantir os direitos básicos dos infratores, tirando o foco das punições, para concentrá-lo nas ações “socioeducativas”. Garantiram ao adolescente internado a visita íntima, desde que se comprove casamento ou união estável. O problema é que se o menor infrator for pai, seu filho terá acesso garantido à creche ou pré-escola. O governo assim criou a cota filho de bandido, que não seria problema, se existissem vagas suficientes para todos, mas na verdade se uma creche estiver com todas as vagas preenchidas terá de admitir o filho do menor infrator. Resumindo: ou abre uma vaga suplementar ou põe na rua o filho de um cidadão não bandido! Pode?
Na mesma linha de intervenção governamental está a Lei da Palmada, que vem abalar a autoridade dos pais na educação dos filhos. Por favor, ninguém aqui defende espancamento de filhos, mas sim a palmada com fins corretivos. Quem nunca levou uma palmadinha? A palmada bem aplicada não traumatiza, traumatiza a ausência de limites!
-E o tão falado “bullying”? Estão dramatizando, levando ao extremo, situações comuns na infância e juventude de todos nós. Quem não recebeu um apelido, não foi vítima ou culpado por tantas brincadeiras e gozações com amigos e inimigos? Sobrevivemos, sem traumas e nos fortalecemos. O superprotecionismo pode fragilizar e impedir o desenvolvimento de valores tais como independência e responsabilidade nos filhos. Por falar em politicamente correto, que tal então a nossa Justiça começar a punir prá valer políticos incorretos, proibir programas tipo Datena, de exibir à exaustão chacinas, corpos/sangues, etc., proibir o grotesco horário eleitoral gratuito, de proibir supermercados de criarem suas próprias leis, proibir baixarias na TV, do tipo BIGBROTHERS, A FAZENDA, RATINHO...
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