Na
terça-feira passada, as câmaras do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília,
flagraram uma onça-parda caminhando ao longo dos carros em seu estacionamento.
Sobre este caso, o escritor e jornalista Ruy Castro, brilhantemente, como de
hábito, assim escreveu na s/coluna p/a FSP de hoje (20/04):
"Para sorte da onça, ela
não cruzou com ninguém no estacionamento. Não que, apanhado de surpresa, um
homem pudesse fazer frente ao seu magnífico porte de até 2,4 m, 75 kg e uma
mordida capaz de atravessar crânios, cascos, ossos e levar a presa à morte em
segundos. Mas, se houvesse ali um confronto, o maior ameaçado seria a onça.
·
Mesmo a proximidade de
um tribunal de Justiça não a livraria do risco. Entre os juízes, há hoje trocas
de graves acusações, ouvindo-se expressões como bandidos de toga, corregedores
populistas e vendedores de sentenças.
·
Mas, se saísse correndo,
decepcionada, a onça cairia nas catacumbas do Executivo, onde se veria cercada
por 37 ministérios e exposta a todo tipo de "malfeitos", a maioria,
impróprios para onças menores de idade.
·
E, se, na busca dos
amigos, adentrasse os territórios do Legislativo, aí, sim, é que a inocente
onça não teria a menor chance. Ao se aproximar do Congresso, sucumbiria em
segundos aos miasmas que exalam das duas Casas.
Outros fizeram piada sobre o assunto:
"O Desabafo da Onça":
"O Desabafo da Onça":
“Pô!
Eu tinha já comido 2 ministros, o
diretor geral do Congresso, 2 superintendentes, 5 adjuntos, 3
coordenadores, 10 assessores, 12 chefes de seção, 15 chefes de divisão, várias
secretárias, dezenas de funcionários e ninguém deu por falta deles!? - "Mas, no dia em
que comi a mulher que servia o cafezinho... Fui descoberta!!! Pode!!”
®
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