O ministro Celso
de Mello disse que o STF ‘não poderia expor-se a pressões externas como as
resultantes do clamor popular’, e optou então por curvar-se ‘as pressões originadas
no palácio’, materializadas no 1º tempo do julgamento pelos porta-vozes Lewandowski e
Tóffoli, que receberam providencial apoio no 2º tempo do julgamento, de dois novos reforços, Teori
Zavascki e Roberto Barroso. Que não venham com as desculpas de imparcialidade e
coerência do STF, pois ficou evidente pelas longas e complexas exposições dos
ministros, que tudo não passava de uma simples
escolha: votar com o povo ou votar com o poder. Quem poderia criticar o ministro
Celso e o próprio STF, tivessem decidido pela não aceitação dos embargos
infringentes, fundamentados na Lei de 1990 que regulou recursos no STF e STJ e que
não tratou deste recurso??
O decano e respeitável ministro Celso escolheu observar o regimento
interno do STF, de 1980 (!?), contrariando as fundamentadas, claras e emocionadas exposições
dos experientes ministros: Joaquim Barbosa, Fux, Carmem Lúcia, Gilmar Mendes e
Marco Aurélio Mello. A verdade é que o decano decidiu formar maioria votando
com o poder. Como explicar a inconformada sociedade brasileira que o núcleo
publicitário e financeiro terminará na cadeia, enquanto, o núcleo político que conforme
palavras do próprio ministro Celso - ‘quadrilha que agia nos subterrâneos do
poder para vulnerar, transgredir, lesionar a paz pública’- receberá penas mais brandas
ou até mesmo ser inocentado. Aos parceiros do crime o rigor da Lei, aos
políticos a procrastinação, a tolerância e leveza da Lei. Resumindo, tudo não
passou mesmo de uma ‘Grande Ilusão de Ética’. VOLTAMOS À ESTACA ZERO NA LUTA PELA DECÊNCIA NO NOSSO PAÍS, UM SONHO NÃO IMPOSSÍVEL, MAS CADA VEZ MAIS DISTANTE, INFELIZMENTE. E ASSIM, ENQUANTO MENSALEIROS HOJE COMEMORAM, A NAÇÃO LAMENTA E CHORA EM TOTAL DESALENTO.
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