São muitos os ipês espalhados pelo
Parque do Ibirapuera e pela cidade, mas este em especial chamou-nos a atenção há muitos anos.
Intrigava-nos o fato dele, tão próximo da água (do lago do Parque), estar tão seco,
triste, abatido e a indicar que se conformava com a própria sorte.
Praticamente todos os dias, passávamos por ele,
como a pedir-lhe que reagisse e ressurgisse no próximo outono/inverno, com toda
aquela exuberância da espécie. Os visitantes diários do Parque passavam e o
ignoravam, pois se tivesse que chamar a atenção, seria pelo seu estado letárgico.
Mas eis que no inicio daquele inverno ele ressurgiu, se vestiu de gala, esplendoroso,
encantando a todos e embelezando o Parque.
Pesquisando, descobrimos
que quando o inverno se aproxima, o ipê sofre muito com a falta de água. E fantasticamente
o ipê reage a este sofrimento, explodindo em flores! Mas toda esta beleza é a maneira dele lutar pela vida! Na sequência iniciará o processo de produção
das sementes para assim assegurar a perpetuação da espécie! Entre setembro e
outubro surgem os frutos: vagens de até 50 centímetros servem de banquete para
periquitos enquanto estão verdes. Ao secarem, partem-se e soltam as sementes,
que voam com o vento e germinam em duas ou três semanas. Não há uma
região do Brasil que não tenha uma das nove ou dez espécies do ipê, de características
bem semelhantes, com flores amarelas, brancas ou roxas. Por este motivo, até o
dia 7 de dezembro/1978, o ipê era considerado a árvore nacional
brasileira, mas a lei nº 6507 deste dia, instituiu o pau-brasil como
a árvore nacional. Mas, pela mesma lei a flor do ipê é a do símbolo nacional. Curtiremos por
mais alguns dias a companhia alegre, colorida, requintada do nosso ipê, marcaremos novo encontro, para o próximo
outono/inverno, se Deus assim desejar.
®
Adorei que info linda, carinhosa, e mostra que admira a Natureza que ela foi, é e sempre será perfeita
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