Tudo que está por trás da compra de uma refinaria tecnologicamente
ultrapassada pela Petrobrás, em Pasadena (Texas, EUA), virá à tona em uma das
próximas edições da revista Veja. O mercado
financeiro já aguarda a divulgação de detalhes sobre o escândalo – que pode
manchar a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprofundar
problemas políticos que a Presidenta Dilma Rousseff já enfrenta na empresa.
Mensalão e Rosegate parecerão fichinhas perto do “Petrobrasgate”. Lula entra na dança por causa de personagens
ligadíssimos a ele e que serão alvos por ligação com o escândalo. O caso
Pasadena mexe com Guido Mantega (ministro da Fazenda e presidente do Conselho
de Administração da Petrobrás), José Sérgio Gabrielli (ex-presidente da estatal
de economia mista), Almir Guilherme Barbassa (diretor financeiro da empresa e
presidente do braço internacional PFICo – Petrobras International Finance Co -
que é uma das grandes caixas-pretas no sistema Petrobrás), além de Nestor
Cerveró (Diretor financeiro da BR Distribuidora) e Alberto Feilhaber (que foi
empregado da Petrobrás durante 20 anos e que agora é vice-presidente da Astra
Oil - segundo ficha dele no Linkedin). Uma negociata que deve gerar um prejuízo
de até US$ 1 bilhão à Petrobrás e seus acionistas, o caso já é investigado pelo
TCU e tem tudo para se transformar em uma ação judicial
em Nova York – movida por investidores internacionais. O ato lesivo de
desgovernança corporativa já foi motivo de questionamentos de acionistas ao
Conselho de Administração da Companhia. O Ministério Público Federal
já estuda um processo para investigar indícios concretos de
superfaturamentos na maioria dos contratos da gestão Gabrielli. Estima-se que os rombos na
Petrobrás cheguem a R$ 10 bilhões.
RESUMO DA NEGOCIATA:
Em 01/2005, a empresa belga Astra Oil comprou a Pasadena
Refining Inc por US$ 42,5 milhões. Em
2006, venderam 50% das ações da empresa para a Petrobrás por US$ 360
milhões. A refinaria defasada tecnologicamente, não tinha como processar
o pesado petróleo brasileiro, belgas e brasileiros fizeram contrato p/
dividir o megainvestimento de US$ 1,5 bilhão.
CONFLITO PROGRAMADO??
Se houvesse distrato, uma das partes teria de reembolsar a outra.Em
2008 houve briga, os belgas acionaram Petrobrás a pagar U$ 700 milhões.
A Petrobrás foi obrigada a torrar US$ 839 milhões p/a
assumir controle da Pasadena.
COMO SE LIVRAR DO PROBLEMA??
Com Graça Foster, a Petrobras tomou a sábia decisão de se livrar
do mico texano .Colocada à venda, dentro da política de negociação de ativos para
reduzir prejuízos, a Pasadena recebeu
uma única e ridícula oferta de compra de US$ 180 milhões feita pela
transnacional Valero, sediada nos EUA. Como as operações temerárias de
Gabrielli-Barbassa-Cerveró torraram US$ 1,199 bilhão da Petrobrás, se a venda
for bem sucedida, a estatal de economia mista tupiniquim amargará quase R$ 1
bilhão em perdas – o que afetará a péssima remuneração dos irados
investidores nacionais e internacionais.
PROBLEMAS COM A MORTE DE HUGO CHAVES:
A morte do presidente da
Venezuela, Hugo Chávez, pode gerar ainda mais problemas para a Petrobrás. Petrobrás
(com 60%) e a PDVSA (com 40%) firmaram um acordo, em 2005, para a construção,
em Pernambuco, da Refinaria Abreu e Lima, projetada para processar óleo
venezuelano e óleo do Campo de Marlim, na Bacia de Campos, em partes iguais. Problemaço
é que a Venezuela não pôs um centavo na obra que começou em 2007 c/previsão
de custar R$ 4,75 bilhões, mas que deverá terminar custando 10 vezes mais que
estimativas iniciais.
OLHO VIVO BRASIL!!
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