O governo prometeu, mas não
cortou gastos. Fez constantes e improvisadas intervenções no mercado que não
trouxeram resultados. Queda de 40% no superávit primário, pior resultado desde
2009. Maquiou contas e escondeu dados. Evidentemente isso provocou desconfiança
nos investidores daqui e de acolá e o dólar disparou novamente. Dilma colocou sua
‘tropa de elite’ pra defender a política fiscal, diz ainda que o governo está
ressentido por ter sido abandonado pelo setor produtivo beneficiado com desonerações
e obviamente continuará culpando a imprensa. Com a proximidade das próximas eleições
Dilma busca a todo custo recuperar credibilidade e com toda a sua equipe
tem se reunido com empresários e banqueiros, naturalmente prometendo mudanças,
aperto nos gastos e redução nos repasses feitos aos bancos públicos. Economistas
continuam criticando e alertando:
Gustavo Franco: -"O governo colhe o que plantou.
Quando há credibilidade, podem-se cometer pequenos erros sem maiores
consequências. Mas, quando a credibilidade se esgota, qualquer pequeno erro é
um grande problema. A política fiscal é uma sucessão de equívocos/
maquiagens, que só não é pior que o desempenho no plano setorial e regulatório".
Maílson da Nóbrega: - “A
presidente acha que pode reverter a credibilidade se reunindo com empresários.
O mau humor não é manifestado pelos líderes, mas por quem analisa os riscos do
investimento”.
Carlos Tadeu de Freitas: - “O
governo deveria responder com um planejamento crível para recuperar as contas
públicas. O Brasil não está à beira da catástrofe, mas o governo tem que
aceitar que a situação fiscal se deteriorou porque ela foi usada para estimular
a economia. Funcionou? Não, mas ajudou. Para reverter, tem de fazer um
planejamento, porque o resultado dos ajustes fiscais demora".
O governo continuará se defendendo e transmitindo
confiança na economia, alegará efeitos da crise mundial ou que a política
fiscal está 'sob ataque especulativo', mas os números, críticas do mercado e alertas
das agências de risco sinalizam perigo.
E onde há fumaça, há fogo'!
®
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