O Senado do Paraguai aprovou nesta sexta-feira o impeachment do
presidente Fernando Lugo, após um
processo conduzido e consumado por opositores em pouco mais de 24
horas. Com a decisão, Lugo foi imediatamente sucedido pelo até então
vice-presidente, o liberal Federico Franco, que ocupará o cargo até eleições
previstas p/a abril de 2013. A Unasul (União de Nações
Sul-Americanas) caracterizou a medida de golpe de estado, e
advertiu para consequências.
O processo contra Lugo foi iniciado por
conta do conflito agrário que terminou com 17 mortos na semana passada no interior do país.A oposição
acusou Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira
"imprópria, negligente e irresponsável". O presidente também foi
acusado por outros incidentes ocorridos durante o seu governo, como ter apoiado
um motim de jovens socialistas em um complexo das Forças Armadas ou não ter
atuado de forma decisiva no combate ao pequeno grupo armado Exército do Povo
Paraguaio, responsável por assassinatos e sequestros durante a última década, a
maior parte deles antes mesmo de Lugo tomar posse. Lugo foi considerado culpado
de cinco acusações por 39 senadores. Apenas quatro votaram por sua absolvição,
enquanto dois se abstiveram. “Após a votação nominal se
declara Lugo culpado e, portanto, fica separado dos plenos direitos de seu
cargo", declarou o presidente do Senado Jorge Matto. A notícia do
impeachment foi recebida sob protesto por manifestantes que ocupavam a praça em
frente ao Congresso e que consideraram que houve, na verdade, um golpe c/o
presidente. Houve confusão e tentativa de invasão, mas foi reprimida pela polícia.
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