Na
terça-feira, não havendo acordo na audiência de conciliação entre o
sindicato dos metroviários e representantes do Metrô no TRT, a desembargadora
Anélia Li Chum determinou que 100% dos metroviários deveriam trabalhar
nos horários de pico, ou seja, das 5h às 9h e das 17h às 20h. Evidentemente os metroviários NÃO cumpriram as determinações judiciais, 100 % deles entraram
em greve e os poucos trens em movimento foram operados por supervisores. E assim, São Paulo viveu um verdadeiro caos! Mais de 3 milhões de paulistanos prejudicados c/a greve. Por nada ou por interesses políticos!!??
A
greve é um direito constitucional, decorrente de
uma deliberação coletiva dos trabalhadores, enquanto instrumento de reivindicação de melhores condições de trabalho. Na iniciativa privada, as greves imputam prejuízos ao
empregador, mas nos serviços públicos, as greves punem essencialmente a
população! E o mais inacreditável de tudo é que o direito de greve nos serviços
públicos essenciais, não está regulamentado até hoje.!! Há mais de 20 anos o
assunto está em pauta no Congresso, e nada é decidido. E na falta de uma
legislação específica, a Justiça tem usado a mesma regra aplicada a
paralisações no setor privado. E os resultados todos já conhecem, prejuízos incalculaveis para a população. Também chama a atenção é como muito rapidamente chegaram a um acordo. O sindicato dos metroviários que intransigente pedia 5,13% de reposição e 14,99% de aumento real, diante da posição irredutível do Metrô que ofertou apenas 6,17% de reajuste e ganho real, acabou aceitando esta proposta!? Representantes do tribunal ainda tentaram convencer a companhia do Metrô a diluir o 0,28% que faltava no vale-alimentação ou no vale-refeição, mas a
companhia não aceitou e valor também acabou sendo aceito pela diretoria do sindicato. Durmam com um barulho desse!
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