O politicamente correto está
chegando às raias do absurdo, com exacerbação do moralismo cínico e imbecil e incentivando
a intolerância! Qualquer fato, qualquer menção que pretensamente ofenda a
sensibilidade de alguém, vira caso de racismo e preconceito racial. Recentemente vimos uma jovem alegando
preconceito racial da Universidade que a havia contratado p/atuar no
atendimento ao público, que na sua grande maioria composta de jovens universitários. A coordenadora da Escola, para evitar constrangimentos
e indesejáveis gracejos, recomendou que ela se apresentasse com roupas mais
discretas e que aparasse o cabelo. Pronto, eis mais um caso de perseguição, preconceito
e claro, pedido de indenização. O caso mais recente é do clipe "Kong",
do Alexandre Pires. No clipe, além do próprio Alexandre está Neymar, o tal de Mr.
Catra e um bando de garotas, a maioria negra, dançando e rebolando a beira de uma piscina.
Como pensar na possibilidade de racismo num cenário assim, onde tanto o cantor,
o qual já passou p/situações de verdadeiro preconceito, como sua trupe, é negra?
Incrível, mas o Ministério Público Federal abriu investigação, atendendo
denúncia da Ouvidoria Nacional!! O
Ministério Público não tem mais o que fazer num país repleto de safadezas, corrupção
e injustiça social? Vimos várias entidades que combatem o preconceito, condenando
Alexandre Pires e o vídeo! Até a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial, Luiza Helena de Bairros, considerou que o fato de as imagens do clipe ser
em tom de brincadeira “agrava ainda mais a
situação”. Meu Deus!!
Vimos e podemos afirmar
que o clipe não tem nada de racista, ele é sim medíocre na elaboração e a música pior ainda,
daquelas que machucam n/ouvidos. O que realmente deve preocupar a todos é essa
onda de falso moralismo crescente no país, que mais se assemelha a uma cortina de
fumaça, planejada, p/ escamotear verdadeiros e gravíssimos crimes praticados contra
a nação e o povo. Hoje, qualquer cidadão brasileiro, incluso os profissionais da
área de criação e artística, se sente acuado, tolhido ao abordar o assunto ou
opinar sobre ele, temendo ser entendido como racista, preconceituoso ou
homofóbico.
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