PRÉ-SAL: PRÓS E CONTRAS. O QUE DIZEM OS ANALISTAS E A PETROBRÁS.
. O custo de produção em águas profundas fica, segundo a EIA (Energy Information Administration, US Government), na faixa de 90 dólares o barril, para uma demora de pelo menos 10 anos para começar a produzir, sendo necessários os seguintes investimentos/etapas: estudos de geologia, perfuração dos poços que irão delimitar cada campo de petróleo, perfuração dos poços de produção, instalação das redes de tubulações no fundo do mar. Aí sim, se inicia a produção do óleo nos campos de águas profundas, que terá que ser feita em mais de dois mil metros de lâmina d'água. Essa fase exige também equipamentos de posicionamento dinâmico, preparados não para perfuração, mas sim para processar o óleo retirado, equipamentos estes muito caros e escassos. O próximo problema é o transporte até o continente. Essa fase de engenharia é tão ou mais complexa do que as duas anteriores (perfuração e produção) porque exige a montagem de uma rede extensa de dutos submarinos ligando as dezenas de poços de produção entre si, para depois se conectarem a uma tubulação de subida ao nível do mar, onde o óleo será pré-tratado na plataforma de produção e dela bombeado para navios especiais de transporte. Também desenhados ou adaptados especialmente para esse fim. O Brasil fabrica no máximo dez por cento das centenas de tipos de equipamentos auxiliares: tubos de perfuração, brocas especiais, fluidos e lamas de perfuração, equipamentos e robôs submarinos, tubos de produção, rebocadores.Além, claro, dos navios ou plataformas de posicionamento dinâmico. Praticamente tudo vem dos Estados Unidos ou de alguns poucos países europeus. Com pagamentos exclusivamente em dólares. Ou seja, ao lado dos gigantescos problemas jurídicos, econômicos e sociais do pré-sal, terá o Brasil que encarar complexos problemas técnicos. MAS O QUE DIZ A PETROBRÁS?
A empresa vê grandes chances de redução de custos na exploração da região pré-sal, por se tratar de uma nova fronteira onde muitas informações ainda são desconhecidas e por isso mesmo nova soluções precisam sem encontradas. A Petrobrás também afirma que a produção no pré-sal se viabiliza, mesmo o petróleo abaixo dos 40 dólares!? Estão sendo feitos estudos na empresa, para baratear o custo de produção, por exemplo, a construção de plataformas menores. "São viáveis plataformas que demandem menos pessoas e que operem o mais remoto possível, porque é longe da costa... assim como também a água e o óleo podem ser separados no fundo do mar, em vez de fazer isso na plataforma", declarou a Petrobrás. " Hoje nós produzimos petróleo pesado em águas profundas com custo menor do que antes, e óleo leve é muito mais fácil" completou a empresa. RESUMINDO: PERCEBE-SE QUE HÁ GRANDES DISCREPÂNCIAS
ENTRE ANALISTAS DE MERCADO E A PETROBRÁS. A EMPRESA, PROMETENDO REDUÇAO DE CUSTOS DE EXPLORAÇAO, APRESENTANDO SOLUÇÕES AINDA NÃO TESTADAS E NO MÍNIMO QUESTIONÁVEIS, TAIS COMO, PLATAFORMAS MENORES, REDUÇAO DE PESSOAL E OPERAÇAO REMOTA. RESTA AINDA LEMBRAR QUE OS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS SERÃO MUITO ALTOS. QUEM FINANCIARÁ?? E A QUE CUSTO??
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