A notícia da compra do Carrefour pelo Grupo Pão de Açucar, com o BNDES aplicando no negócio R$ 4 bilhões, deixou o mercado estarrecido! Por definição o BNDES deve investir na produção, na infraestrutura, na geração de empregos. Mas na fusão de supermercados? E o ministro Fernando Pimentel (do Desenvolvimento), certamente falando também em nome da Dilma, veio insultar a inteligência dos brasileiros dizendo que a fusão com o supermercado francês: "Facilitará a entrada de produtos brasileiros na Europa". O Carrefour, senhor ministro, não tem esta representatividade, não tem folego, fechou 2010 com prejuizos bilionários por lá. De duas uma, ou Dilma aprendeu ligeirinho ou teria sido ela a orientar Lula, nas "negociatas" usando recursos do BNDES? Lembremo-nos daquele negócio absolutamente suspeito e que afrontou às leis, das telefônicas Oi/ BrTelecom ! Ficou provado que aquela fusão, sob argumentos totalmente falsos, nenhum proveito trouxe ao país ou aos consumidores! A fusão Pão de Açucar e Carrefour tem os mesmos ingredientes: falsas justificativas, tais como beneficiaria consumidores e fornecedores, fortalecimento de grupos nacionais. Mentira deslavada, pois se hoje já está patente o desiquilibrio na concorrência , o monopólio agravará ainda mais a situação para os consumidores e fornecedores!
Um governo que se diz defensor dos trabalhadores, sequer pensou nas demissões que certamente ocorrerão se o negócio se concretizar. Alguém acredita que nos locais onde houver duplicidade de casas manterão todas? É óbvio que em toda fusão/incorporação privilegia-se ganhos administrativos e logísticos, eliminando-se os excedentes ou seja: DESEMPREGOS!
Por quais motivos o governo está apoiando este negócio??
Tudo indica que o governo estaria ajudando o Abilio Diniz, a ludibriar o seu sócio Casino, também francês, que socorreu o Grupo Pão de Açúcar quando este passou por sérias dificuldades financeiras bem recentemente! O socorro financeiro resultou num contrato pelo qual a Rede Casino, concorrente do Carrefour na França, controlar o Pão de Açúcar a partir de 2012.
MAS, o Grupo Casino, percebendo a manobra, patrocinada pelo governo brasileiro, contra-atacou o que chamou de "Golpe de Estado Corporativo" e, comprou na Bolsa nos últimos dias US$ 1 bilhão em ações do Pão de Açúcar e já detém mais que o dobro da fata de Abilio Diniz na empresa. Contratou advogados brasileiros e vai a luta!
O mercado perplexo aguarda pronunciamentos do CADE e esclarecimentos do governo, se for possivel explicar isso!
O mercado perplexo aguarda pronunciamentos do CADE e esclarecimentos do governo, se for possivel explicar isso!
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