Primeiro sintoma: Eleições.
Nunca antes nesse país, uma campanha tão milionária do TSE para orientar, advertir eleitores, sobre a importância de um voto consciente. Mas além do TSE, inúmeros veículos de comunicação aderiram à campanha, auxiliando na conscientização popular. Mas o que vimos? Centenas de fichas sujas, imundas, eleitos por todo o país. SP por sua vez fez do Tiririca o mais votado do país! Analfabeto e agora acusado de falsidade ideológica. O povo, ao invés de votar com seriedade para mudar este estado de coisas, optou pelo escárnio, pela brincadeira.Assistimos o presidente da republica, como nunca antes nesse país, afrontar a Justiça e a todos, promovendo o ódio, agredindo a imprensa e alimentando separação de classes.
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Segundo sintoma: Homofobia e violência sem limites:
O caso dos jovens da Av.Paulista que agrediram várias pessoas durante uma madrugada é sintomático. Jovens de classe média, maus alunos, desfilando pela madrugada e agredindo pessoas, sem nenhum controle dos pais? Pior foi ver os pais dos agressores defendendo-os, alegando tratar-se de briguinhas rotineiras e inconsequentes entre jovens !? (Pode uma coisa dessas??)
Sem dúvida, os pais destes jovens é que deveriam ser exemplarmente punidos pela irresponsabilidade e falta de acompanhamento dos filhos menores. Alguns pais até já admitiram suas falhas na educação/formação dos filhos.Mas a violência cresce assustadoramente, em todos os níveis e, assassinatos ocorrem a todo instante por motivos banais. Nossa polícia agride e mata impunemente. Até dentro de quartéis, nos últimos dias, vimos casos de assassinatos entre aspirantes a carreira militar. E ainda pior, vimos neste final de semana o desfecho do bárbaro assassinato da jovem jornalista Luciana Montanhana, 29 anos, sequestrada no dia 11/11, quando deixava a ginástica, no shopping Eldorado. A autor do sequestro e assassino da jovem, réu confesso, é nada mais nada menos que:
Rodrigo Domingues Medina, 34, cabo do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que integra a Tropa de Choque, grupo de elite da PM!? (Como admitir uma coisa dessas?)
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Terceiro sintoma: A verdadeira guerra no RJ.
Autoridades alegam que os traficantes estariam reagindo a perda de terreno para o estado, com a instalação das UPPs. É bom dizer que o projeto das UPPs de longe, não resolve o problema. Já causava estranheza e asco o Governador Sérgio Cabral, nas eleições, simplificar o debate sobre Segurança Pública, dizendo que o Rio de Janeiro já era outro porque tinha as UPPs. (Mentiras..)
São aproximadamente mil favelas no RJ e apenas 13 delas tem UPPs. E nas favelas alcançadas pelas UPPs, os preços dos barracos dobraram e os alugueis ficaram mais caros, face a ótima localização geográfica e aparentemente livre dos traficantes e milícias.
Virou um ótimo negócio, mas que ganhará com isso,os favelados
ou políticos e especuladores endinheirados?
Hoje estas 12 favelas contam com 2.200 policiais que atendem 213 mil pessoas. Esta população está feliz com os resultados, mas a área de favelas cresceu: - De 2002 a 2007, 250.279 m² ou o equivalente a 30 campos oficiais de futebol, no Rio de Janeiro!
Foi o que concluiu o primeiro monitoramento de expansão das favelas da cidade realizado pelo Sistema FIRJAN, com o objetivo de garantir a ocupação organizada do espaço urbano e assegurar desenvolvimento e qualidade de vida para a população.
Em quatro anos, o número de favelas passou de 750 para 968.
Como se vê, há muito ainda por fazer pelo povo do Rio de Janeiro, e basta de prosopopeia, basta de discursos e usos políticos das poucas realizações. O povo quer, o povo precisa de soluções definitivas.
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Quarto Sintoma: A Fome!
O IBGE divulgou esta semana dados impressionantes sobre a fome no nosso país. Nada menos que 11 milhões de pessoas no país passaram fome em 2009. Mas o que mais choca é ver com que cinismo eles procuram dar cores mais suaves a este triste quadro, classificando estes brasileiros famintos de:"portadores de inseguranças alimentar grave". Somando os brasileiros classificados como " portadores de insegurança alimentar moderada" e "insegurança alimentar leve", chega-se a 65,6 milhões de cidadãos. São pessoas que, em algum momento e em algum grau, não sabem se terão condições de comer o que é necessário para, pelo menos, enfrentar o batente do dia seguinte. Mais chocante foi saber que entre os lugares em que o quadro é de verdadeira calamidade , aparecem o Maranhão e o Piauí, dois estados da região mais favorecida pelo Bolsa Família!?
Conclue-se que o Bolsa Família alavanca muito bem campanhas eleitorais, mas está longe de resolver o problema da fome do nosso povo.
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