ENFIM A PRIMAVERA, QUE AS CHUVAS CAIAM SERENAS E O PAÍS RENASÇA C/GESTORES ÉTICOS/COMPETENTES.

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

ESSA HIDRELÉTRICA “BELO MONTE” TÁ EXALANDO UM CHEIRINHO DE ....!!

AOS DETALHES :
-Primeiramente, numa decisão surpreendente no dia 07/04, o consórcio Odebrecht/Camargo Corrêa anunciou que estava fora da disputa pela terceira maior usina do mundo. As empresas não encontraram condições econômico-financeiras que permitissem sua participação na disputa. As construtoras vinham reclamando do preço máximo da energia a ser vendida estipulada pelo governo, de R$ 83 por MWH! Bem, até aquele momento, só dois consórcios estavam confirmados, o das duas construtoras e outro formado por Andrade Gutierrez, Vale Votorantim e Neoenergia.
Mas o governo precisava de outro consorcio para manter o Leilão, foi então, que já na reta final, foi formado novo Consorcio, uma aliança improvisada pela construtora Queiroz Galvão e pelo grupo Bertin.
E não é que esse novo Consorcio surpreendeu e venceu o Leilão ofertando R$ 78 por megawatt-hora, 6% de deságio sobre o teto do edital, R$ 83/MWh!?
DEU ZEBRA!!?? AI VEM A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR :
Como pode um Consórcio, formado na última hora, entrar, ofertar um preço considerado incompatível pelas empreiteiras consideradas as maiores conhecedoras do projeto, e ganhar o Leilão????
E veio outra surpresa, o consórcio vencedor, logo após o anuncio do resultado, desfez-se parcialmente.(!!??) "A Queiroz Galvão pediu um tempo para pensar se continua no consórcio". A Queiroz Galvão (10,02% de participação no consórcio) na semana passada, enviou carta em que informava a desistência do projeto. Hoje, estas empresas desmentem que tenham desejo de deixar o Consorcio vencedor. (!?)
A desistência das empreiteiras Odebrecht e Camargo Corrêa, maiores conhecedoras do projeto, permite supor que a obra física pode enfrentar percalços e custos aumentados.
Parece previsível que eventuais rombos na rentabilidade terminem cobertos com subsídios governamentais. O Consorcio alem de contar com empréstimos e taxas subsidiadas pelo BNDES, também contará com participação crescente da Eletronorte e a adesão dos já famosos Fundos de Pensão (Previ,Funcef e Petros).

DIANTE DOS FATOS, UMA ÓBVIA CONCLUSÃO:
- Tamanho afinco para contratar uma obra de no mínimo R$ 19 bilhões, em final do governo, pressionando juízes que concederam liminares suspendendo o Leilão, a vitória de um Consorcio de ultima hora, só se explica pelos dividendos esperados na campanha presidencial continuísta e
o empreendimento Belo Monte será muito mais estatal do que fez parecer
o leilão encomendado por Lula

Tão sentindo um cheirinho esquisito no ar?
Isso mesmo, um cheirinho de podre, de maracutáia pairando no ar!
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