É um caso grave, importante, com consequencias imprevisíveis .
Recordemos como tudo começou :
O Comitê Nacional de Refugiados, que existe para decidir de refúgios e extradições, decidiu pela extradição de Cesare Battisti. Mas o ministro da Justiça, Tarso Genro, desconsiderando a decisão do Comitê Nacional de Refugiados, por critério pessoal,resolveu conceder a condição de refugiado. A pergunta óbvia: Então, Comitê Nacional de Refugiados para quê? O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, passou o ano com o recurso e depois de tantos meses de tramitação, tantos votos enciclopédicos,consagra com um bafafá grotesco, a conclusão de que sua conclusão nada vale. Ou seja aprovam a extradição mas delegam ao Executivo a decisão final. Como assim???
E a atuação do ministro Carlos Ayres Brito? Desde sua primeira intervenção no caso, lá atrás, esse ministro considerou, como outros
quatro, que Cesare Battisti não foi condenado na Itália por crimes políticos, mas por crimes comuns, de morte. Ainda fez farto elogio à Justiça italiana. Depois disso, porém, Ayres Britto juntou-se aos quatro votos,que transferiram para o presidente da República a decisão de extraditar ou não.
Conseguiram entender? O que explica esta mudança?
O desfecho do caso Cesare Battisti cria uma anomalia institucional e projeta insegurança jurídica . Imaginemos os "palavrões" do Lula, ao seu ministro Tarso Genro, que inventou um conflito absolutamente evitável com a Itália .

E todos neste país sabem, o quanto Lula não gosta de problemas, que foge da contrariedade e que prefere sempre deixar os pepinos de casca mais espessa, para outros descascarem..
E tem mais, segundo especialistas, se Lula descumprir acordo de extradição com a Itália, estará sujeito a responder por crime de responsabilidade.
E AGORA JOSÉ ?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,

(Carlos Drummond de Andrade)