O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), depois de ter participado de reunião com a presidente Dilma Rousseff e Palocci, hoje pela manhã, mandou o seguinte recado a nação:
”O Palácio do Planalto decidiu que não vai promover nenhuma investigação em relação à evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) e às origens dos recursos que permitiram que sua empresa, a Projeto, adquirisse um apartamento e um escritório no valor de R$ 7,5 milhões. Para nós, o assunto está encerrado e nós estamos muito satisfeitos com esse resultado. Vamos para frente. Quando a presidenta convida o ministro Palocci para ser seu ministro, o que nos interessa é o comportamento dele nesse período, se ele vai auferir ou não alguns bens de maneira legítima ou não dentro do governo. É isso que nos interessa. Quanto ao passado de cada um dos ministros, não cabe ao governo fazer nenhum tipo de investigação.”
Como é ministro? Não interessa investigar alguém que, enquanto representava o povo como deputado federal, conseguiu aumentar seu patrimônio em 20 vezes? Qual a origem de tão rápidos e gigantescos recursos? Não teria ocorrido tráfico de influência? Quais foram seus clientes e como foram prospectados, enquanto ele exercia cargo público? Porque pagaram tão alto por sua consultoria? Qual era sua rotina, qual função exercia na empresa, enquanto, representante do povo? Presidenta e ministro Gilberto de Passado Suspeito, o assunto pode não interessar-lhes, mas interessa a todos os brasileiros de boa fé que se envergonham da posição que ocupamos no ranking mundial da corrupção, e que desejam um país limpo, ético, decente e desenvolvimentista. Lamentavelmente, acreditamos que assim e com vocês, este sonho não se realizará! Que nosso Judiciário demonstre a mesma coragem e disposição de investigar o Palocci, como teve no caso da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Ah! Se fosse aquele pobre caseiro na mesma situação, o sigilo seria imediatamente quebrado e já saberíamos de tudo! Não é, seo Palocci?
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