· Seis dias antes de morrer em circunstâncias ainda não completamente esclarecidas, o ex-diretor da IURD e ex-vereador na cidade do Rio de Janeiro, Waldir Abrão, lavrou um documento onde dizia que os dízimos e doações recebidos dos fiéis eram entregues diretamente na tesouraria da IURD, que depositava na conta da Igreja apenas 10% do valor arrecadado, sendo que o restante era recolhido por doleiros e remetido para o Uruguai e outros paraísos fiscais. O dinheiro foi usado na constituição de empresas no exterior e depois aplicado na compra de meios de comunicação no Brasil, todos registrados em nomes de bispos ou outras pessoas ligadas à IURD. Somente em 1992, a Investholding, uma dessas organizações, "emprestou" para esses diretores e ex-diretores da igreja no Brasil pouco mais de Cr$ 13 bilhões. Já a Cableinvest, na mesma época, concedeu a essas mesmas pessoas e no mesmo ano quase Cr$ 18,5 bilhões. Os cheques dos empréstimos nunca chegaram às mãos dos mutuários, mas eram utilizados diretamente na compra das empresas de rádio e televisão.
· Revelações à Justiça Federal e à Promotoria da cidade de Nova York e ratificadas no dia 11/09 junto ao Ministério Publico Estadual-SP, pelos sócios da casa de câmbio Diskline, Cristina Marine e Marcelo Birmarcker. Ambos concordaram em colaborar com as investigações nos dois países, em troca da chamada delação premiada. Foram ouvidos por três promotores paulistas, confirmando o que disseram aos 12 promotores de Nova York, liderados por Adam Kaufmann, o mesmo que obteve a decretação da prisão do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), nos EUA. Os doleiros confirmaram que começaram a enviar dinheiro da Igreja Universal para o exterior em 1991. As operações teriam se intensificado entre 1995 e 2001, quando remetiam, em média, R$ 5 milhões/mês, sempre pelo sistema do chamado dólar-cabo (o dono do dinheiro entrega dinheiro vivo em reais, ao doleiro no Brasil, que faz o depósito em dólares do valor correspondente em uma conta para o cliente no exterior. Confirmara que recebiam pessoalmente o dinheiro. Na maioria das vezes, os valores eram entregues por caminhões e chegavam em malotes. Houve ainda casos, segundo a testemunha, que ela foi apanhar o dinheiro em subterrâneos de templos no Rio.
E todo este dinheiro saiu do bolso do povo pobre, ingênuo que não obstante inúmeros alertas, denúncias, provas, inclusive vídeos, continuaram acreditando nas falsas promessas e até ameaças dos bispos, de que o socorro espiritual e econômico, somente seria alcançado por aqueles que se sacrificassem economicamente pela Igreja Universal”.
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