Conhecemos o Jurandy do Sax numa entrevista recente no Jô e nos encantamos com este brasileiro!
Um sujeito tranquilo, bom caráter, músico profissional que com uma idéia na cabeça, um sax à mão e muita disposição, acabou por fazer a diferença, realizando um sonho, um trabalho que acabou beneficiando mais de 2000 famílias. Contando um pouco da sua historia: Nasceu em 09/11/1955, em Água Branca, no Sertão e criado em Livramento, no Cariri Paraibano, fez-se um artista completo, maduro e muito simpático. Bacharel em música pela UFPB, o então jovem Jurandy, tocou o Bolero de Ravel, pela 1ª vez, em 1993. Essa música havia encantado um grupo de amigos que se reuniam no Jacaré Bar, às margens do Rio Paraíba, na cidade de Cabedelo/PB, para escutar a trilha sonora do filme francês Retratos da Vida (1981) de Claude Lelouch. Jurandy costumava tocá-la andando por essa praia fluvial, entre os presentes, jamais imaginando, o que aquilo um dia iria propiciar! Em 2000, numa tarde de outono, sentado no píer, contemplando a chegada da noite e refletindo sobre a vida, ao ouvir o Bolero tocado mecânicamente no Bar Jacaré, sentiu um emocionado encantamento. Era como se um quadro bem definido, mostrasse a si próprio tocando aquela música dentro d’água, como a flutuar. Imaginou-se dentro de um barquinho que o conduziria, tocando a melodia do Bolero de Ravel. E assim o sonho tornou-se realidade.
Hoje, Jurandy faz parte da paisagem e do encantamento que o Por do Sol do Jacaré proporciona diariamente a milhares de pessoas locais e turistas. Sempre de roupa branca, Jurandy do Sax chega de barco tocando os inconfundíveis acordes do bolero de Ravel. Ele é recebido por um violinista que o acompanha lentamente pelo meio do público que pode assistir ao show dos bares com deques sobre as águas do rio. Este espetáculo já é considerado uma das maiores atrações da Paraíba, o local recebeu grande desenvolvimento, e mais de 2000 famílias sobrevivem desta atração, ou melhor, deste sonho! E Jurandy, em toda a sua simplicidade, assim se pronuncia a respeito do seu feito: “Sinto como a cumprir uma missão, de humildade e paz, ajudando a todos num exercício de introspecção, profunda reflexão e de magia. Sinto-me inseguro pisando o chão firme. Já quando subo na embarcação, é como se estivesse em casa, no meu lugar preferido”. O show não se restringe apenas a execução de uma música, mas é uma festa plena onde natureza, arte e espiritualidade se juntam num momento especial e único. Jurandy já executou mais de 4000 vezes o bolero de Ravel, inclusive, à convite do governo francês, tocou no túmulo do autor. Parabéns Jurandy, és um brasileiro do qual nos orgulhamos! Você é daqueles exemplos que podem bater no peito e orgulhosamente gritar:
“Fiz a diferença pelo meu povo!”
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