ENFIM A PRIMAVERA, QUE AS CHUVAS CAIAM SERENAS E O PAÍS RENASÇA C/GESTORES ÉTICOS/COMPETENTES.

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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

OS PROTESTOS EM WALL STREET, MOTIVOS E CONSEQUÊNCIAS!

Desde 17/09/2011, milhares de pessoas estão acampadas numa praça próxima a Wall Street, o principal centro financeiro do mundo capitalista, em Nova York. Elas protestam contra o 1% de ricaços dos EUA que exploram 99% da sociedade" e que são culpados pela grave crise econômica que abala o país desde 2008, gerando desemprego, despejos e miséria. O movimento batizado de “Occupy Wall Street” foi convocado pelas redes sociais e teve como referência as revoltas na Espanha e no mundo árabe. O movimento exige que o governo de Barack Obama, tão covarde diante das elites, adote medidas mais duras de combate à especulação financeira, eleve os impostos da minoria rica e invista em políticas de geração de emprego e renda.
Artistas famosos, como o diretor de cinema Michael Moore e a atriz Susan Sarandon, já estiveram no local prestando solidariedade aos manifestantes. Várias lideranças políticas, religiosas e dos movimentos sociais também se revezam no local para dar apoio ao protesto, formado principalmente por jovens: - “Wall Street e as instituições financeiras iniciaram o ciclo vicioso que levou a imensa concentração de riqueza e, com ela, também do poder político. Ao mesmo tempo, o restante da população foi transformado no chamado de ‘precariado’, a luta p/sobreviver precariamente. Wall Street e as instituições financeiras praticam, com impunidade quase completa, suas atividades nefastas: não só são grandes demais para quebrar; mas também são ‘grandes demais para ir pra cadeia. Não queremos distúrbios”. Mas, apesar do significado do protesto, o prefeito de Nova York, o “republicano” Michael Bloomberg, oitavo homem mais rico dos EUA (fortuna calculada em US$ 20 bilhões), esbanjou truculência. A polícia investiu com violência contra os acampados, prendendo mais de 80 jovens e ferindo várias pessoas. Além da energia dos manifestantes e da truculência da polícia, chama atenção a atitude covarde da mídia. A maior parte da imprensa americana simplesmente omite o protesto. No Brasil, a mídia colonizada segue o mesmo padrão “jornalístico”. Não fala nada sobre a ocupação de Wall Street. Até agora, os grandes jornais  publicaram apenas pequenas notinhas; já as emissoras de televisão nem tocaram no assunto. A seletividade da mídia é algo realmente impressionante: omite o que não interessa a ela e realça o que serve aos seus interesses políticos e econômico. Felizmente para os EUA e o mundo, os protestos do movimento “Occupy Wall Street” começaram a surtir os primeiros efeitos, com o sentenciamento, nesta quinta-feira (13), do  investidor Raj Rajaratnam, pivô de um dos maiores escândalos de Wall Street nas últimas décadas, a 11 anos de prisão, maior pena já imposta num caso de uso indevido de informação privilegiada.
É maior caso de "inside trading" em fundos hedge da história dos EUA. A Promotoria afirma que ele lucrou até US$ 63,8 milhões ilegalmente entre 2003 e 2009, negociando ações com base em dicas passadas por informantes corporativos. Entre as provas apresentadas pela acusação estão conversas telefônicas grampeadas entre Rajaratnam e executivos financeiros. Ele teria obtido informações privilegiadas sobre os resultados financeiros de empresas como IBM, Google, Sun Microsystems e Intel. Um empregado da agência de classificação de risco Moody's, por exemplo, teria contado a Rajaratnam planos secretos de um fundo de private equity de comprar o grupo hoteleiro Hilton.Ele nasceu  no Sri Lanka, chegou a comandar um fundo de hedge de US$ 7 bilhões em Nova York. Raj cumprirá sua pena na  penitenciária de Butner, na Carolina do Norte, onde o ex-investidor Bernard Madoff cumpre prisão perpétua , por organizar  o esquema chamado de pirâmide financeira.   
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