Já falamos sobre este assunto aqui mas a Folha de S.Paulo, em seu editorial de hoje,escancara aquilo que brasileiros atentos já esperavam:
"A Farra com recursos públicos na preparação do país para a Copa do Mundo/2014 e Olimpíadas/2016-RJ".
(na íntegra-FSP)
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"O que se temia está em curso. A organização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 transforma-se em oportunidade para aproveitadores, com a tolerância do governo federal. É o que se infere das medidas provisórias editadas pelo Executivo que, entre outras providências, dispensam a Infraero de realizar licitações para escolher empresas responsáveis pela reforma e ampliação dos aeroportos, com vistas aos dois eventos.
"O que se temia está em curso. A organização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 transforma-se em oportunidade para aproveitadores, com a tolerância do governo federal. É o que se infere das medidas provisórias editadas pelo Executivo que, entre outras providências, dispensam a Infraero de realizar licitações para escolher empresas responsáveis pela reforma e ampliação dos aeroportos, com vistas aos dois eventos.
Estima-se em mais de R$ 4 bilhões o dinheiro público a ser investido nas obras.
É um alívio que importantes centros urbanos do país ganhem aeroportos melhores. Mas empreendimento tão amplo e custoso precisaria ser submetido a controles rigorosos. O mínimo a esperar era que autoridades e governantes, encarregados de zelar pelo bem público, criassem dificuldades, e não facilidades, para aqueles que aguardam com ansiedade a farra do dinheiro fácil e caudaloso, proveniente do bolso do contribuinte.
A senha para o desgoverno veio embutida no diploma que cria,
É um alívio que importantes centros urbanos do país ganhem aeroportos melhores. Mas empreendimento tão amplo e custoso precisaria ser submetido a controles rigorosos. O mínimo a esperar era que autoridades e governantes, encarregados de zelar pelo bem público, criassem dificuldades, e não facilidades, para aqueles que aguardam com ansiedade a farra do dinheiro fácil e caudaloso, proveniente do bolso do contribuinte.
A senha para o desgoverno veio embutida no diploma que cria,
por ato do poder central,
a Autoridade Pública Olímpica (APO), um consórcio que une o poder federal ao Estado e ao município do Rio de Janeiro. A entidade, com a missão de administrar projetos relativos aos jogos, já nasce com 496 vagas de emprego.
Para fechar o círculo, criou-se também a Empresa Brasileira de Legado Esportivo, uma entidade pública com personalidade jurídica de direito privado, cuja função é "prestar serviços" à APO.
Para fechar o círculo, criou-se também a Empresa Brasileira de Legado Esportivo, uma entidade pública com personalidade jurídica de direito privado, cuja função é "prestar serviços" à APO.
Não é difícil perceber do que se trata: um arcabouço institucional destinado a conferir muita autonomia e pouca transparência aos gestores dos bilhõesde reais que serão investidos nos dois eventos.
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Recomendar que fiquemos de olhos bem abertos, sinceramente não vai funcionar."Eles" passam por cima de tudo, não temem mais nada, nem mídia, nem o público, nem as autoridades. Assistimos diariamente o presidente afrontando as leis , ridicularizando orgãos de controle/fiscalização e
os tribunais de justiça!
Eles estão realmente acima das leis, acima do Bem e do Mal!
E o povo parece querer continuar com isso.
Começa a calar fundo na gente aquele célebre poema de Rui Barbosa :
"Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,da minha falta de garra,
Tenho vergonha da minha impotência,da minha falta de garra,
das minhas desilusões e do meu cansaço! "
Mas buscamos lá no fundo da nossa alma, ajudados por um conhecido
dito popular, forças para continuarmos acreditando:
"Enquanto houver vontade de lutar
haverá esperança!"
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