Mas Vandré reapareceu, quebrando voto de silêncio que se impôs, numa entrevista a Globonews, ao completar 75 anos.
Barbudo e cabeludo, surpreendeu a todos quando declarou que: jamais foi torturado, nunca foi antimilitarista, nunca foi militante politico ou engajado em qualquer movimento revolucionário. Disse que ao compor “Prá não dizer que não falei das Flores”, procurou fazer, na verdade, uma crônica social da época e não uma canção de protesto! Perguntado sobre suas diferenças musicais com os “Tropicalistas”(Gil,Caetano,Mutantes,etc.) respondeu que eles faziam qualquer coisa, ele não conseguia fazer assim.Em outro trecho da entrevista declarou:"
Percebi logo cedo que “Arte é cultura inútil”, mas hoje consigo ser mais inútil que um artista, pois sou advogado num tempo sem Lei".Querem coisa mais inútil”,completou ele.
No exílio ganhou outro Festival Internacional, em Lima-Peru, concorrendo com a única música cantada em português, intitulada “Pátria Amada,Idolatrada, Salve Salve”, desconhecida por aqui. Chamamos a atenção dos amigos para a letra desta música.Vejam a beleza e a genialidade deste compositor. A letra teve como propósito fazer uma fusão ou confusão de sentimentos entre a Mulher Amada, e a Pátria Amada. Feita para ser cantada por um homem e uma mulher. A primeira parte é o homem que canta, se despedindo da Mulher Amada ou da sua Pátria Amada:
“Se é pra dizer adeus, prá não te ver jamais.
Eu, que dos filhos teus, fui te querer demais
No verso que hoje chora, prá te fazer capaz
Da dor que me devora. Quero dizer-te mais
Que além de adeus agora, eu te prometo em paz
Levar comigo afora, o amor demais."
A segunda parte é cantada por uma mulher, representando a Mulher Amada ou a Pátria Amada:
"Amado meu, sempre será
Quem me guardou, no seu cantar
Quem me levou, além do céu
Além dos seus, e além do mais
Amado meu, que além de mim se dá
Não se perdeu, e nem se perderá!"
Na entrevista vimos um Geraldo Vandré amargurado! Não está nos seus planos se apresentar no Brasil. Concluiu um poema sinfônico para a Aeronáutica e deseja gravar um disco num país de lingua espanhola, com músicos locais e para tanto, já tem mais de 30 composições prontas.Ele se mostrou muito abatido e até revoltado
ao saber que o vídeo do Festival Internacional da Canção de 1968 não foi localizado, restando apenas o aúdio. E ainda muito mais amargurado disse: “ Fiz uma crônica social e deu no que deu.Fui considerado um criminoso por ter feito uma musica.Fui anistiado, e anistia é coisa para criminosos, o que nunca fui!”
“Se é pra dizer adeus, prá não te ver jamais.
Eu, que dos filhos teus, fui te querer demais
No verso que hoje chora, prá te fazer capaz
Da dor que me devora. Quero dizer-te mais
Que além de adeus agora, eu te prometo em paz
Levar comigo afora, o amor demais."
A segunda parte é cantada por uma mulher, representando a Mulher Amada ou a Pátria Amada:
"Amado meu, sempre será
Quem me guardou, no seu cantar
Quem me levou, além do céu
Além dos seus, e além do mais
Amado meu, que além de mim se dá
Não se perdeu, e nem se perderá!"
Na entrevista vimos um Geraldo Vandré amargurado! Não está nos seus planos se apresentar no Brasil. Concluiu um poema sinfônico para a Aeronáutica e deseja gravar um disco num país de lingua espanhola, com músicos locais e para tanto, já tem mais de 30 composições prontas.Ele se mostrou muito abatido e até revoltado
ao saber que o vídeo do Festival Internacional da Canção de 1968 não foi localizado, restando apenas o aúdio. E ainda muito mais amargurado disse: “ Fiz uma crônica social e deu no que deu.Fui considerado um criminoso por ter feito uma musica.Fui anistiado, e anistia é coisa para criminosos, o que nunca fui!”
Disso tudo nos restará as impagáveis lembranças daqueles incríveis Festivais e um lamento, quem sabe um pedido, para que ele volte a nos brindar com suas geniais composições.
De qualquer forma, nosso Muito Obrigado a Geraldo Vandré, pois cantaremos suas canções até o fim dos nossos dias..
E nossos filhos e netos também cantarão!
®
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