ENFIM A PRIMAVERA, QUE AS CHUVAS CAIAM SERENAS E O PAÍS RENASÇA C/GESTORES ÉTICOS/COMPETENTES.

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

POESIA E FÉ! (Catulo da Paixão Cearense)

A FLOR DE MARACUJÁ
(Catulo da Paixão Cearense )
Conversando com um sertanejo, Perto de um pé de maracujá
Eu perguntei, diga-me, caro sertanejo,
Por que razão nasce roxa a flor do maracujá?
Ah! Pois então eu lhe conto A histora que eu ouvi contá.
A razão pruque nasce roxa a flô do maracujá.
Maracujá já foi branco,eu posso inté lhe ajurá!
Mais branco do que a claridade,mais branco do que o luá.
Quando as flô brotava nele, Lá pros confins do sertão
Maracujá parecia, Um nim de algodão.
Mais aí há muito tempo, Num mês que inté nem me lembro
Se foi maio se foi junho, Se foi janeiro ou dezembro.
Nosso Sinhô Jesus Cristo, foi condenado a morrê
Numa cruz crucificado, Longe daqui como quê.
Pregaro Cristo a martelo, e ao ver tamanha crueza
A Natureza inteirinha, pôi-se a chorar de tristeza
Chorava os campo, as fôia, a ribeira
Sabiá também chorava, nos gaio de laranjeira.
E havia perto da cruz, bem pertim de Nosso Sinhô.
Um pé de maracujá, carregadim de flô,

E o sangue de Jesus Cristo, Sangue pisado de dô
Nos pés de maracujá, tingia todas as flô
Eis aí, seu moço a históra que eu vi contá
A razão pruquê nasce roxa, a flô de maracujá.
®

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