JULLIANE SILVEIRA - FOLHA S. PAULO
Nas últimas décadas, médicos e pesquisadores não pouparam a gordura saturada, sempre relacionada a aumento de problemas cardiovasculares. Agora, pesquisas mostram que ela não é a grande vilã da alimentação. Uma análise de 21 estudos divulgada em fevereiro não encontrou relação direta entre o consumo desse tipo de gordura e o maior risco de infarto e derrame.
Nas últimas décadas, médicos e pesquisadores não pouparam a gordura saturada, sempre relacionada a aumento de problemas cardiovasculares. Agora, pesquisas mostram que ela não é a grande vilã da alimentação. Uma análise de 21 estudos divulgada em fevereiro não encontrou relação direta entre o consumo desse tipo de gordura e o maior risco de infarto e derrame.
Os grandes problemas são a alimentação desequilibrada e a forma como a gordura foi sendo substituída. "A população entendeu a gordura saturada como o grande vilão e abusou do açúcar. Mas há muitos vilões. O excesso de carboidratos pode causar aumento de peso, intolerância à glicose e aumento dos níveis de triglicérides, também relacionados a doenças do coração.
MEDO DE GORDURA
Para a nutricionista Ana Carolina Moron, pesquisadora do InCor, as informações negativas sobre as gorduras saturadas contribuíram para uma "fobia de gordura", com a exclusão de todos os tipos.
Para muitas pessoas, ficam de fora dos cardápio até mesmo as gorduras mono e poli-insaturadas, encontradas principalmente em óleos vegetais, nozes e castanhas. Elas já são conhecidas por reduzir os níveis de triglicérides e aumentar os de HDL (o colesterol "bom"). As pessoas consomem todos os alimentos em versão light, excluem os óleos e acabam tendo problemas de saúde por isso."
Uma consequência dessa exclusão da gordura é o intestino preso.
Para a nutricionista Ana Carolina Moron, pesquisadora do InCor, as informações negativas sobre as gorduras saturadas contribuíram para uma "fobia de gordura", com a exclusão de todos os tipos.
Para muitas pessoas, ficam de fora dos cardápio até mesmo as gorduras mono e poli-insaturadas, encontradas principalmente em óleos vegetais, nozes e castanhas. Elas já são conhecidas por reduzir os níveis de triglicérides e aumentar os de HDL (o colesterol "bom"). As pessoas consomem todos os alimentos em versão light, excluem os óleos e acabam tendo problemas de saúde por isso."
Uma consequência dessa exclusão da gordura é o intestino preso.
O indicado é consumir de 20% a 30% do total calórico do dia em gorduras. Dessa proporção, 7% devem ser compostos por gorduras saturadas e o restante, pelas mono e poli-insaturadas.
Isso equivale ao consumo diário de duas ou três colheres de sopa de azeite colocadas na salada e de uma xícara de chá de nozes.
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